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Bolsonaro diz que reajuste de policiais depende de entendimento: “Se não a gente lamenta e deixa para o ano que vem”
O presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista oficial da TV Brasil que, se não houver “entendimento” das demais categorias de servidores públicos federais, ficará para o próximo ano o reajuste salarial prometido por ele para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários.
No final do ano passado, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento Federal com reserva de R$ 1,7 bilhão para reajuste a carreiras da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
A previsão de recomposição salarial para essas carreiras provocou reações entre as demais categorias se servidores públicos, que passaram a também reivindicar reajuste e ameaçar paralisações. Fiscais da Receita Federal chegaram a entregar cargos de chefia em protesto.
Diante da pressão do funcionalismo, Bolsonaro foi aconselhado por membros do governo a recuar da promessa. Na entrevista à TV Brasil, ele afirmou que, diante da “grita geral”, poderá deixar os reajustes para o próximo ano – em 2023, ele só continuará na Presidência se conseguir um novo mandato na eleição deste ano.
“Tem uma polêmica sobre que teríamos reservado – e é verdade – quase R$ 2 bilhões para conceder reposições à PF, à PRF e ao pessoal que trabalha no sistema penitenciário. Houve uma grita geral. Muitos servidores querem aumento também. Eu acho que todos merecem aumento, todos merecem realmente porque trabalham, mas a pandemia nos deixou numa situação sem recursos”, declarou.
Em seguida, complementou dizendo que a concessão do reajuste dependerá do “entendimento” das demais categorias do funcionalismo federal.
“Se houver entendimento por parte dos demais servidores – alguns ameaçam greve – a gente pretende conceder essa recomposição aos policiais federais, rodoviários federais e aos agentes penitenciários. Se não houver entendimento, a gente lamenta e deixa para o ano que vem”, afirmou