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Paraíba

Hospital de Trauma de Campina Grande inova com tecnologia 3D em cirurgias

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Foto: Reprodução

O Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, unidade do Governo do Estado em Campina Grande, está na vanguarda do uso de tecnologia 3D em procedimentos cirúrgicos, graças a uma parceria com o Laboratório de Tecnologias 3D (LT3D) do Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (NUTES) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

A colaboração envolve a planificação e produção de biomodelos, guias cirúrgicas e instrumentais tridimensionais a partir de tomografias computadorizadas. Esta tecnologia tem impactado diretamente as cirurgias em diversas áreas da saúde, incluindo bucomaxilofacial, ortopedia e traumatologia.

O estudo, desenvolvido por uma equipe multidisciplinar de engenheiros e médicos, visa aprimorar os procedimentos cirúrgicos. Os cirurgiões do Hospital de Trauma de Campina Grande, com o suporte dos engenheiros do LT3D, estão realizando cirurgias mais precisas e eficientes. Em ortopedia, o foco inicial é o tratamento de fraturas de úmero proximal, com o objetivo de expandir para outras áreas como quadril, joelho e punho.

O médico Brunno Virgolino, que dirige o estudo, explica que a utilização da tecnologia 3D permite ao cirurgião planejar e antecipar etapas do procedimento, tornando-o mais ágil e preciso. “Isso minimiza erros, reduz o tempo cirúrgico e melhora o prognóstico, resultando em uma recuperação pós-operatória mais rápida para os pacientes”, afirma Virgolino. Ele destaca ainda que a técnica reduz o tempo de internação hospitalar, permitindo que os pacientes tenham alta no dia seguinte à cirurgia.

O engenheiro biomédico Rodolfo Castelo Branco, do LT3D, ressalta que o laboratório atende todas as áreas da medicina e que a metodologia aplicada em Campina Grande é pioneira no Brasil. “Temos orgulho de ser o primeiro laboratório do país a ter uma sala de pesquisa acadêmica dentro de um hospital, aplicando tecnologias tridimensionais diretamente na prática clínica”, explicou.

Para participar do estudo, os pacientes devem preencher critérios específicos: ter entre 18 e 65 anos, apresentar uma fratura complexa de úmero proximal, não possuir comorbidades importantes, serem ativos em suas atividades diárias e vida social, e aceitar participar do estudo.

O diretor-geral do Hospital de Trauma de Campina Grande, Sebastião Viana, destacou a importância da parceria com o LT3D e o impacto positivo da tecnologia nas práticas cirúrgicas da instituição. “Os biomodelos tridimensionais têm proporcionado uma precisão cirúrgica que antes era inimaginável, beneficiando diretamente os pacientes e elevando o padrão de atendimento do nosso hospital”, afirmou Viana.

A colaboração entre NUTES e o Hospital de Trauma é um exemplo de como a união entre pesquisa acadêmica e prática clínica pode promover avanços significativos na saúde pública, oferecendo um atendimento mais qualificado e humanizado à população.

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