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Policial

Operação ‘En Passant’: PF encontra comprovantes de votação, Pix e lista ligada a facção criminosa em Cabedelo

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Reprodução/Internet

 

A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) intensificaram as apurações no âmbito da Operação En Passant, que revelou um esquema de corrupção eleitoral e aliciamento violento de eleitores em Cabedelo. Durante a segunda fase da operação, foi presa Flávia Monteiro, ex-servidora municipal, apontada como elo entre a facção criminosa liderada por Flávio de Lima Monteiro, conhecido como ‘Fatoka’, e o poder público local.

Em um aparelho celular apreendido com Flávia, os investigadores encontraram comprovantes de votação, transferências via Pix e listas de pessoas relacionadas à organização criminosa. Esses elementos reforçam a suspeita de compra de votos nas eleições municipais. Além disso, documentos indicam que o grupo cogitou lançar uma candidatura ao Legislativo para representar a facção. A PF também identificou ameaças feitas a um vereador que se recusou a nomear pessoas indicadas pelo traficante. O caso se assemelha a outros esquemas investigados em João Pessoa, nas operações Território Livre e Mandare.

Mandados e medidas cautelares

Na segunda fase da operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o atual prefeito de Cabedelo, Victor Hugo (Avante), o prefeito eleito, André Coutinho (Avante), e o vereador Márcio Silva (União Brasil). Em nota, os três negaram envolvimento com os crimes e declararam estar à disposição da Justiça. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) impôs medidas cautelares aos investigados, incluindo recolhimento domiciliar e proibição de contato entre as partes envolvidas.

O avanço das investigações expõe a complexidade do vínculo entre a facção criminosa e a administração municipal, gerando apreensão sobre o impacto desse esquema na governança da cidade e na segurança pública. A Polícia Federal e o Gaeco seguem com as diligências para desarticular o grupo e responsabilizar os envolvidos.

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