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Justiça

Ex-presidente do Campinense Clube é condenado pela justiça por ofensas e crimes eleitorais

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Foto: Reprodução / TV Cabo Branco

A 3ª Vara Criminal de Campina Grande, na Paraíba, proferiu neste sábado (15) uma sentença condenatória contra o ex-presidente do Campinense Clube, Lênin Correia, a uma pena de 2 anos e 6 meses de detenção. A decisão judicial refere-se a crimes descritos nos artigos 138, 139, 140, 141 parágrafo 2° e 69 todos do Código Penal Brasileiro.

  • Pelo crime de calúnia (art. 138): detenção de 1 ano e 6 meses, além do pagamento de 30 dias-multa, que corresponde ao valor de um salário mínimo na época em que o fato aconteceu;
  • Pelo crime de difamação (art. 139): detenção de 9 meses, além do pagamento de 30 dias-multa;
  • Pelo crime de injúria (art. 140): detenção de 3 meses.

O processo teve início após um episódio ocorrido na loja do clube, em 28 de setembro de 2023, durante as inscrições das candidaturas para as eleições gerais do Campinense. Na ocasião, Lênin Correia, que então se candidatava, protagonizou um ataque ao sócio patrimonial e secretário da comissão eleitoral à época, Mércio Franklin. O ex-presidente acusou Franklin de fazer parte de uma “quadrilha” supostamente criada para fraudar as eleições, proferindo diversas ofensas contra sua honra.

Como consequência das acusações e da situação criada, Mércio Franklin renunciou ao cargo de secretário da comissão eleitoral, alegando conflito de interesses éticos e jurídicos ao se ver envolvido em uma disputa judicial com um dos candidatos, Lênin Correia.

A gestão de Lênin Correia à frente do Campinense foi marcada por controvérsias e problemas administrativos, incluindo protestos de funcionários e jogadores devido a salários atrasados, cortes de energia no Estádio Renatão e um desempenho abaixo do esperado no campeonato paraibano, onde o clube terminou apenas na sexta colocação.

A condenação atual pode não ser a única relacionada às últimas eleições do Campinense, uma vez que a Delegacia de Defraudações está investigando uma possível organização criminosa que teria fraudado o processo eleitoral em benefício de Lênin Correia e, posteriormente, de Flávio Torreão, que assumiu a presidência do clube sob condições semelhantes.

A investigação em curso visa esclarecer as circunstâncias das eleições no clube, levantando questões sobre a transparência e a lisura do processo eleitoral esportivo na Paraíba.

A defesa de Lênin Correia não se manifestou imediatamente sobre a decisão judicial, enquanto o Campinense Clube enfrenta um período de transição e desafios para restabelecer sua estabilidade administrativa e esportiva.

A equipe jurídica do ex-presidente pode recorrer da sentença, buscando reverter ou reduzir a pena imposta pela justiça paraibana.

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