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Aluno de ensino público do Nordeste é aprovado em nove universidades norte americanas

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A infância pobre e as dificuldades financeiras na adolescência não impediram o estudante pernambucano Fred Ramon dos Santos, 20, de alcançar seu sonho: estudar nos Estados Unidos. Depois de cursar os ensinos fundamental e médio em unidades públicas, ele foi aprovado em nove universidades norte-americanas.

O jovem garantiu vaga na ASU e na University of Arizona, no Arizona; na Manhattanville College e na Adelphi University, em Nova York; também na University of La Verne e na Whittier College, ambas na Califórnia; foi aceito na Florida Tech e na Stetson University, que ficam na Flórida; além da Temple University, localizada na Pensilvânia. Entre elas, já fez sua escolha. Em agosto, viaja para Los Angeles, na Califórnia, onde vai estudar Ciência da Computação e Estudos Globais na Whittier College. “Escolhi a Whittier College porque foi a faculdade que me deu a maior bolsa de estudos”, conta.

“Em Los Angeles, posso pôr em prática um projeto de articulações com órgãos americanos que se abrem para levar programas de capacitação e financiamento para pequenos e médios negócios para famílias desempregadas em comunidades de baixa renda em Pernambuco e no Nordeste.” Fred traçou uma estratégia para alcançar seu desejo. Começou a liderar projetos extracurriculares. “As universidades estadunidenses dão muito valor ao que você é fora das aulas. Por isso, desde os 16 anos, participo de movimentos sociais. As seleções levam esses trabalhos muito em consideração”, disse.

Durante a pandemia, Fred se preparou para o vestibular americano e para alcançar a média em provas de inglês. “Consegui ficar acima da média. Me disseram que eu tinha que tirar no mínimo 95.

“Consegui ficar acima da média. Me disseram que eu tinha que tirar no mínimo 95. Tirei 105 dos 160 pontos totais”, afirmou.

Não foi fácil. Ele se dividia entre os estudos e a necessidade de ajudar em casa. A mãe dele é faxineira e os recursos da família são poucos. Para ganhar um dinheiro a mais, ele se tornou professor de inglês em plataformas digitais durante a pandemia. Ele já havia estudado o idioma em cursos gratuitos e aperfeiçoou seu inglês quando trabalhou como professor de dança em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

A mãe, Sílvia dos Santos, é só elogios: “Ele é batalhador. Sou orgulhosa dele desde sempre porque ele é estudioso, trabalhador e corre atrás do que quer. Tenho certeza de que meu filho conseguirá tudo o que tiver vontade de fazer”. “Eu quero buscar opções para os jovens. Mostrar que é possível se erguer. Os estudantes hoje mandam cem currículos e não são chamados. Não têm emprego. Precisamos mudar essa realidade com oportunidades”, disse o jovem. Agora ele aguarda as respostas dos fundos de investimentos para estudantes estrangeiros. É como vai custear a parte da mensalidade que a bolsa não cobre, algo em torno de US$ 31 mil (ou cerca de R$ 158 mil).

Além dos investimentos, ele criou uma vaquinha virtual para ajudar a arrecadar o recurso com mais agilidade (https://instagram.com/fredramonofficial?utm_medium=copy_link).

Fonte: UOL

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