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Após Democratas se aproximar de Bolsonaro, ex-ministro Mandetta cogita deixar o partido
Ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta avalia deixar o Democrata — partido pelo qual já foi eleito deputado federa — após a legenda se aproximar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Mandetta se diz surpreso com a postura do presidente do partido, ACM Neto, que incluiu, entre as opções para 2022, apoiar a reeleição de Bolsonaro.
O ex-ministro e o dirigente partidário têm uma reunião presencial marcada para depois do Carnaval. Um aliado de Mandetta ouvido pelo Globo disse que Henrique classifica como “improvável” a permanência na sigla.
Procurado, o ex-parlamentar evitou falar sobre o assunto e disse que só tomará sua decisão após uma reunião com ACM Neto. O ex-ministro, contudo, criticou Neto pela profusão de apoios que considera para o ano que vem — o dirigente avalia apoiar a reeleição de Bolsonaro, bem como as candidaturas do próprio Mandetta, de João Doria (PSDB), de Luciano Huck (sem partido) e de Ciro Gomes (PDT).
“O Democratas hoje não dá segurança de um projeto nacional a ninguém. A base do partido virou uma geleia. ‘Posso estar com Doria, Bolsonaro, Mandetta, Huck ou Ciro’. Daqui a pouco até Lula vai aparecer como cotado para receber o apoio do partido (risos). Que interlocução política o DEM pode construir dessa forma? É preciso definir uma base de posicionamento”, disse.
Indagado se é grande a possibilidade de deixar o DEM, como aliados de Mandetta afirmaram à reportagem, o ex-ministro disse apenas que é preciso aguardar desdobramentos e que vai se reunir com Neto e lideranças do partido após o Carnaval.
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