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Educação

Com trabalhadores da Educação em greve, estudantes podem ficar sem aulas em Campina Grande

Sem nenhuma negociação entre a Secretaria de Educação de Campina Grande e o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), a volta às aulas vai se tornado um sonho distante para pais e alunos. Os trabalhadores da Educação, representados pelo Sintab, anunciaram greve na última segunda-feira (1º) e até agora não houve nenhuma sinalização de diálogo, disse o presidente do sindicato, Giovanni Freire.

Freire relatou que, antes da greve ser deflagrada, a categoria teve duas reuniões com o secretário Raymundo Asfora Neto. No primeiro momento, eles apresentaram as reivindicações, que são o pagamento do 14º salário, pendente desde o ano passado, e o planejamento detalhado do retorno às aulas. Ele afirmou, porém, que na segunda reunião o secretário não apresentou nenhuma resposta.

De acordo com o presidente do Sintab, os trabalhadores da Educação foram convocados para comparecer presencialmente às escolas no próximo dia 8. Embora não houvesse previsão das aulas começarem nesta data, ele acredita que seria uma semana de preparação, com a limpeza dos ambientes e o planejamento de aulas por parte dos professores.

”Convocaram já presencial sem explicar nada como iria ser”, comentou. Segundo ele, até agora os profissionais não foram informados se trabalharão de forma presencial, remota ou híbrida e em quais condições.

Giovanni Freire explicou que os trabalhadores não querem retornar às aulas presenciais enquanto não forem vacinados. ”Não só eles, mas uma boa parte da população também, porque eles não querem colocar em risco os alunos e os familiares”, disse.

Por outro lado, os professores também se recusam a dar aulas remotas da mesma forma que no ano passado, visto que eles não tiveram nenhuma estrutura. ”Não tem tablet, não tem computador, o professor tem que disponibilizar o próprio celular, pagando as contas de internet do próprio bolso. Quando tem que passar alguma coisa pelo WhatsApp é na conta pessoal do professor, não tem uma conta institucional para isso”, pontuou o presidente do Sintab.

Para dar continuidade às aulas remotas, os professores pedem que seja oferecida uma estrutura mínima, mas ainda não houve retorno da Secretaria de Educação sobre isso.

Embora a Secretaria de Saúde da Paraíba tenha anunciado que irá começar a vacinar professores a partir da chegada do próximo lote de vacinas, com previsão para este fim de semana, Giovanni afirmou que não tem muita esperança de resolver a situação rapidamente. ”Não são só os professores, é o funcionário da limpeza, da cantina, todos precisam de vacina”, atestou. 

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