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Brasil

Glória Menezes chora morte do esposo, companheiro de 59 anos de vida e arte

A primeira vez que Tarcísio Meira viu Glória Menezes foi no teatro. Mas eles estavam em projetos diferentes. Os laços só foram estreitados quando atuaram juntos no teleteatro “Uma Pires Camargo”, em 1961. Primeiro, foi só amizade, mas o eterno galã queria mais e passou a cortejar a atriz em ascensão. O casamento veio em 1962, da relação nasceu Tarcísio Filho, em 1964, e o casal ficou junto por 59 anos, até quando foram internados por complicações da Covid-19. O ator faleceu na manhã desta quinta-feira (12).

Estava ensaiando a peça “As feiticeiras de Salém”, dirigida por Antunes Filho, e, de repente, passou aquela coisinha linda. Eu falei: “O que é isso?” Um tempo depois, fomos chamados para fazer um teleteatro, “Uma Pires Camargo” (1961) e ficamos amigos — relembrou o ator, em entrevista ao GLOBO, em 2015, sobre a história de amor que se confunde com a da carreira. — Quando ela lançou o filme “O pagador de promessas” (1962) em Cannes, mandei flores e um cartão escrito “volte, volte, volte”.

Tarcísio e Glória viraram grandes estrelas da TV Excelsior, que os escolheu para protagonizar “2-5499 — Ocupado”. Depois, foram mais nove novelas até assinar com a TV Globo. Na emissora carioca, fez sua estreia, também com a mulher, em “Sangue e areia”, em 1967. Três anos depois, os dois reeditaram o casal na ficção em “Irmãos Coragem”, novela de Janete Clair, estrondoso sucesso da época.

“Tarcísio Meira e Glória Menezes não são apenas o primeiro casal a fazer sucesso na telenovela brasileira, eles são a própria telenovela brasileira. Foi através do talento deles que outros casais apareceram, e através do talento deles que nós tivemos novelas impressionantemente boas e muito populares”, disse o autor Silvio de Abreu no especial “Casais que amamos”, do Canal Viva.

Em “O homem que deve morrer”, em 1971, Tarcísio vive um médico que se apaixona por Esther (Gloria), a ex-esposa do maior rival. Em “Espelho mágico”, em 1977, ambos interpretaram atores que vivem um casal na ficção e passam por uma crise, porque o autor da novela era apaixonado pela mocinha.

O casal também protagonizou um seriado, “Tarcísio e Glória”, em 1988, em que ele deu vida a um empresário corrupto que se apaixona por uma extraterrestre. Dez anos depois, viveram um casal em “Torre de Babel”, que logo se separou, quando Marta (personagem de Glória) se cansa das traições do marido. Em “A favorita”, em 2008, os artistas viveram Irene e Copola, um casal que se amou na juventude, mas se fizeram escolhas distintas com o passar do tempo.

Fonte: Extra.globo e Foto:TV Globo / Frederico Rozario

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