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Paraíba

Laudo sobre a causa da morte de bebê de 6 meses morta no Sertão é divulgado

Maria Liliane (Foto: Divulgação/Reprodução/Redes sociais)

Bebê de 6 meses morta no Sertão teve traumatismo craniano, e laudo sugere espancamento

De acordo com informações do Instituto de Polícia Científica (IPC) da cidade de Cajazeiras, para onde o corpo da criança foi levado, o traumatismo craniano sugestiona espancamento, que pode ter sido cometido com as mãos, em choques contra a parede, piso e outros.

O laudo sobre a causa da morte da bebê de 6 meses que teria sido assassinada pela própria mãe e a companheira, na cidade de São José de Piranhas, no Sertão do estado, foi divulgado nesta terça-feira (14), pelo Instituto de Polícia Científica (IPC), da cidade de Cajazeiras. O laudo aponta que a causa da morte foi traumatismo craniano.

Veja também: Mãe é presa suspeita de matar filha de 6 meses espancada no Sertão da Paraíba

De acordo com o IPC, o traumatismo craniano sofrido pela criança sugestiona um possível espancamento, feito por meio de “objeto contuso”, que pode ser as mãos de uma pessoa, e pode ter acontecido em choques contra a parede, piso e outras possibilidades.

Também no laudo, os peritos responsáveis não observaram abuso ou crime sexual contra a criança. Além disso, hematomas por todo o corpo da vítima foram constatados.

O corpo da bebê já foi liberado do IPC em Cajazeiras.

Suspeitas do crime transferidas

A mãe e a companheira, presas suspeitas de matar a bebê, foram transferidas na semana passada da cadeia feminina de Cajazeiras para a Penitenciária Júlia Maranhão, em João Pessoa.

A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária da Paraíba (Seap-PB), que determinou a transferência imediata para preservar a segurança das suspeitas.

Segundo a Seap, o órgão verificou a necessidade de transferência com base no que estabelece a Lei de Execução Penal, que determina o dever do Estado em garantir a integridade física de pessoas em privação de liberdade.

A criança foi identificada como Maria Liliane Miguel da Silva. De acordo com a UBS, a mãe do bebê chegou às pressas na unidade, pedindo ajuda porque a vítima estaria passando mal. A equipe médica constatou que a criança não apresentava sinais vitais e tentou reanimá-la por aproximadamente 15 minutos, até a chegada do Samu.

A equipe da UBS retirou a roupa da criança e se deparou com cicatrizes na região dorsal e glúteos, além de escoriações na região oral e uma possível laceração anal. O bebê também apresentava hematomas na cabeça. Os profissionais solicitaram o apoio da Polícia Militar e o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol).

As duas suspeitas foram presas em flagrante e levadas para a delegacia de São José de Piranhas, onde foi feito o auto de prisão por homicídio qualificado. A Polícia Civil identificou a mãe da criança como Fernanda Miguel da Silva, de 19 anos, e afirmou que ela decidiu permanecer em silêncio durante o depoimento. De acordo com a polícia, a companheira, Lilian Alves Romão, de 18 anos, confessou o crime, mas não disse a motivação.

Segundo a Polícia Civil, a mãe e a criança moravam na casa da avó de Lilian, que em depoimento afirmou não ter visto nada. O pai da criança não foi identificado.

De acordo com o delegado Danilo Charbel, responsável pelo caso, a principal linha de investigação acredita no envolvimento das duas mulheres no crime.

G1

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