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Cultura

MESTRE ARIANO: Mostra sobre Movimento Armorial estreia no MAPP dia 18 de maio

A Onça Caetana já começou a bater suas magníficas asas com destino ao Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande. Isso porque é essa figura, tão presente em mitos sertanejos e na obra do grande mestre Ariano Suassuna (1927-2014), que receberá o público na Mostra Movimento Armorial 50. A iniciativa conta com uma grande exposição, encontros musicais e rodas de conversa. Tudo isso com acesso totalmente gratuito, no período de 18 de maio a 20 de agosto.

A alegoria cenográfica da imponente Onça – que dispõe de quase quatro metros de comprimento – é só uma das muitas surpresas preparadas especialmente para o evento, ainda inédito no Nordeste, mas que já encantou mais de 250 mil pessoas em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. A Onça, confeccionada pelo artista bonequeiro, Agnaldo Pinho, passeou por todas essas cidades, aterrissando no MAPP, que se preparou completamente para recebê-la, assim como a toda exposição. Nesse sentido, várias adaptações foram feitas no Museu para que ele se tornasse o receptáculo perfeito para a Mostra, ajustando-se totalmente à proposta criativa dela.

A exposição – que abre o ciclo de eventos da iniciativa, no dia 18 de maio – conta a história desse importante movimento que nasceu no Recife, em 1970, sob o comando do professor, escritor, pintor e dramaturgo Ariano Suassuna. O objetivo era ousado, mas bem ao estilo desafiador e provocante do seu mentor: fazer surgir uma arte erudita, a partir das mais autênticas e tradicionais manifestações artístico-culturais populares do Nordeste e de outras regiões do país.

Assim, o visitante poderá conferir 140 obras de artistas importantes para a arte Armorial, como do próprio Ariano, Miguel dos Santos, Francisco Brennand, Gilvan Samico, Aluísio Braga, Zélia Suassuna e Lourdes Magalhães. A maior parte das obras pertence a colecionadores particulares e a instituições – como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Museu da Arte Moderna Aluísio Magalhães e a Oficina Brennand – e nunca haviam saído do Recife.

Para a etapa Campina Grande, a exposição trará mais uma novidade: a coleção de cordéis do acervo do MAPP e da Biblioteca de Obras Raras Átila Almeida da UEPB.

Com patrocínio do Ministério da Cultura e Petrobras, idealização e coordenação da produtora Regina Rosa de Godoy, curadoria de Denise Mattar, consultoria de Manuel Dantas Suassuna e Carlos Newton Júnior, a exposição conduzirá o público a uma viagem única, lúdica e inspiradora por três galerias no MAPP. A exposição Armorial 50 também vem celebrar os 10 anos do Museu, transcorridos no final do ano passado – o equipamento cultural foi a última obra de Oscar Niemeyer, no Nordeste, tendo sido inaugurado oito dias depois da morte dele, em dezembro de 2012.

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