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Cidades

Projeto da UEPB distribui repelentes para evitar casos de Zika

Com unidades de experimentos implantadas nos municípios de Tenório, Olivedos e Junco do Seridó, que integram o Consórcio São Saruê, o Projeto Zika UEPB, desenvolvido pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), entrou em nova fase. Os integrantes da iniciativa começaram a distribuição de repelentes naturais produzidos nos canteiros das hortas orgânicas do projeto, usados para controle das arboviroses. O primeiro município a iniciar a distribuição coletiva dos repelentes foi em Junco do Seridó.

Inicialmente, a distribuição aconteceu em uma ação da Secretaria de Saúde do Município junto aos usuários do Programa Bolsa Família da cidade. O kit é composto por um frasco com repelentes, além de um manual de instrução dando dicas de como o produto pode ser feito de forma caseira. Os outros municípios ainda estão na fase de produção do repelente.

O professor Cidoval explicou que nestes cinco anos o projeto tem procurado estabelecer a integração dos setores de Educação e Saúde no controle e prevenção das arboviroses. Conforme ele explicou, está sendo desenvolvido em várias etapas e com aceitação da comunidade e demais atores envolvidos. A primeira fase do projeto consistiu na escutatória da comunidade, seguido da construção de um programa de formação para ampliar o debate valorizando os saberes e conhecimentos, e ainda agregando aos saberes técnicos científicos da universidade.

Após percorrer essas etapas, o projeto seguiu para a construção de ações concretas de uso dos saberes, que consistiu na expansão dos laboratórios através do cultivo e distribuição das mudas às comunidades para reprodução. Nessa fase, aconteceram a implantação dos Laboratórios Vivos de produção dos repelentes nos três dos 12 municípios que integram o Consórcio. Depois, o projeto chegou a 4ª etapa com o aprofundamento dos experimentos e enfrentamento do controle do mosquito, avançando ainda mais com a distribuição dos repelentes.

“Nesta etapa, aconteceu o estabelecimento de um protocolo de uso integrado das unidades. Isso porque esses Laboratórios Vivos só existem a partir do uso e o envolvimento coletivo da comunidade que se dispõe a utilizá-los como um instrumento pedagógico e de transformação. O Laboratório Vivo não é simplesmente uma horta, mas um espaço de aprendizado e ao mesmo tempo de ação prática para o enfrentamento de situações da realidade crítica que se quer mudar”, observou.

O Professor Cidoval lembrou que os professores, as crianças e os agentes de combate às endemias envolvidos nesta etapa do projeto, conhecem a realidade da região e a partir disso aprenderam sobre o desenvolvimento de plantas, estudando sobre o potencial delas para controle das doenças, repelir pragas e pestes, seguindo as diretrizes das práticas agroecológicas. Como resultado de todo o estudo e dos processos coletivos de formação nas oficinas, foram produzidos repelentes à base de citronela, que estão sendo distribuídos nas escolas com as famílias cadastradas no Programa Bolsa Família.

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