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Cidades

Temperatura elevada: moradores de Patos usam de várias estratégias para tentar amenizar o forte calor

(Foto: Reprodução) 

Sol quente. Temperatura elevada. E muito calor. A exemplo de muitas cidades do Brasil, a Paraíba tem vivenciado dias quentes. No Sertão do Estado, os termômetros têm batido recorde. Na cidade de Patos, a temperatura chegou aos 51º. A marca assustou moradores da cidade acostumados a conviver com dias quentes.

De acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), Patos registrou a temperatura mais alta do estado em 2023. Segundo a Aesa, o município tem registrado em média temperaturas de 39,1º C, mais de três graus acima da média histórica para a primavera, e a maior temperatura já registrada no ano.

Batizada de “Morada do Sol’, Patos é uma das mais quentes do estado. Nesta época do ano, a primavera, que antecede o verão, as temperaturas estão um pouco mais altas que o comum por lá. É neste cenário que moradores do município buscam alternativas para “driblar” o calor e terem uma vida mais amena.
As estratégias vão de lençol geladeira a ‘revezamento’ em balde. Uma das alternativas mais inusitadas da população de Patos para amenizar as altas temperaturas é colocar os lençóis, que são utilizados para dormir, na geladeira, para que o material fique mais fresco.

Outra maneira inusitada de combater a sensação de altas temperaturas que alguns moradores de Patos estão fazendo é simplesmente entrar dentro de baldes cheios de água, com ventiladores ligados ao redor durante o dia.
Algumas das estratégias usadas pelos moradores de Patos podem gerar problemas de saúde, conforme alerta os especialistas. Segundo alguns médicos, usar roupas estando molhado ou tirar lençóis da geladeira, por exemplo, pode acarretar em problemas de pele, como a proliferação de fungos.

Conforme as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), a população das cidades atingidas pela onda de calor podem se proteger de várias formas. O próprio Inmet também orienta sobre os cuidados a serem tomados, não só pelo calor extremo mas também pela baixa umidade relativa do ar, também incidente nestas cidades.
Os riscos da baixa umidade são de incêndios florestais e à saúde, como ressecamento de pele, e desconforto nos olhos, boca e nariz. Para evitar estes problemas, os órgãos orientam medidas como: “beber bastante líquidos ao longo do dia”, “evitar atividades físicas não recomendadas”, “evitar exposição ao sol, nas horas mais quentes do dia (entre 10h e 16h)” e
“usar hidratante para pele, e protetor solar”.

Segundo a meteorologista Marle Bandeira, o motivo para as altas temperaturas é que a cidade está em uma região semi-árida, no Sertão do estado. Além disso, colaboram a localização, a altitude, a vegetação e a direção do vento.

“Nós já tivemos um inverno mais quente, com aumentos de 1º C a 1,5º C acima da média, e a perspectiva é de que toda a primavera seja assim também. Isso se dá justamente pela ação do fenômeno El Niño, que está atuando no país desde junho”, explica a meteorologista da Aesa Marle Bandeira.

Também conforme a Aesa, essas temperaturas elevadas acontecem devido ao fenômeno meteorológico El Niño, que ocorre por causa do aquecimento das águas superficiais da faixa equatorial do Oceano Pacífico. Esse aquecimento gera anomalias climáticas em várias regiões do planeta. No Norte e Nordeste do Brasil, o ar desce quente e seco e causa a ausência de nuvens.

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