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Atentado à faca contra Bolsonaro voltará a ser investigado
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) derrubou nesta quarta-feira, 3, restrições que impediam a retomada da investigação aberta para apurar a existência de supostos mandantes do atentado à faca contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. Na sessão de julgamento, os desembargadores do TRF-1 derrubaram uma liminar que proibia, entre outros pontos, a quebra do sigilo bancário do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que atuou na defesa do Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada contra o então candidato a presidente.
Com a decisão desta quarta, também poderão ser analisadas imagens de câmeras de segurança de um hotel frequentado por Oliveira Júnior e documentos que, em tese, poderiam trazer novos elementos ao caso, como livros-caixa e comprovantes de pagamento de honorários e do telefone do advogado.
Jair Bolsonaro foi avisado da decisão assim que o julgamento foi concluído.
Embora a Polícia Federal tenha concluído por duas vezes que não houve mandantes do atentado e que Adélio Bispo agiu sozinho, o presidente e seus principais apoiadores sempre alegaram que deveria ser apurado quem pagou os honorários dos advogados do autor do crime, já que ele não teria recursos financeiros para contratar uma banca de defesa.
“Foi autorizada ampla devassa e daqui pra frente haverá continuidade da investigação do caso Adélio Bispo. Foi uma vitória muito importante”, disse o advogado Frederick Wassef, que defende o presidente Jair Bolsonaro. “Agora as investigações da facada no presidente da República poderão continuar, serão analisados os dados de todos aqueles advogados e vamos saber quem pagou os advogados”, afirmou Wassef.