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Cardiologista paraibano alerta para aumento do risco de doenças do coração em mulheres durante a menopausa

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Atualmente, as doenças cardiovasculares em mulheres já ultrapassam as estatísticas de câncer de mama e de útero. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que as doenças cardiovasculares respondem por um terço das mortes de mulheres no mundo.

A cada ano, são registradas 8,5 milhões de mortes de mulheres no mundo, o que corresponde a mais de 23 mil mulheres vítimas de doenças cardiovasculares por dia. “Entre as brasileiras, principalmente acima dos 40 anos, as cardiopatias representam até 30% das causas de morte, a maior taxa da América Latina”, alerta o cardiologista e pesquisador Valério Vasconcelos, que é autor do livro “O coração gosta de coisas boas”.

Conforme o médico paraibano, embora a incidência de infarto seja maior no grupo masculino, as mulheres morrem mais. “De acordo com um levantamento feito nos Estados Unidos, do total de mulheres infartadas, 14,6% morreram, enquanto entre os homens o índice de mortalidade foi de 10,3%”, afirma Valério Vasconcelos. Boa parte dessa diferença se deve ao fato de que o infarto sem dor é mais comum nas mulheres.

O estudo realizado nos Estados Unidos também reforça que os sintomas das mulheres não são típicos. “Quando o homem tem um infarto, costuma sentir uma forte dor no peito, em aperto, que se estende para os braços. Entretanto, para as mulheres é comum sentir náusea, fraqueza, dores gástricas, falta de ar, dor que se estende pelas costas, ombros e mandíbula – sintomas que podem ser confundidos com outras doenças, como problemas gástricos ou de coluna”, explica Valério Vasconcelos.

Por isso, destaca o médico e pesquisador, é essencial que as mulheres, ao sentirem os sintomas do infarto, como uma dor repentina no estômago, peito ou nas costas, busquem logo uma avaliação médica. “O tempo é fundamental para a preservação do músculo cardíaco”, ressalta o especialista.

Riscos da menopausa para o coração

O médico Valério Vasconcelos comentou ainda sobre outro fator que afeta a saúde do coração das mulheres: a menopausa. “O hormônio estrogênio é um protetor e aliado do coração, pois estimula a dilatação dos vasos, facilitando o fluxo sanguíneo. Com a chegada da menopausa, o nível desse hormônio diminui, o que aumenta o risco do desenvolvimento de algumas doenças”, diz o cardiologista e pesquisador.

Valério Vasconcelos lembra que mulheres com menopausa precoce ficam vulneráveis mais cedo a doenças cardiovasculares, pois os níveis de estrogênio começam a baixar antes. Tal condição reforça a necessidade de fazer avaliações médicas periódicas.

“Aquelas que já se enquadram no grupo de risco (que inclui hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, colesterol alto, estresse, sedentarismo e histórico familiar) não devem esperar o período da menopausa para ir ao médico, mas procurá-lo antes dos 30 anos. Após os 40, é indicado que a mulher compareça a consultas periódicas, pois já está na fase da pré-menopausa e o nível de estrogênio começa a cair. Depois dos 50, é indispensável fazer uma avaliação, no mínimo, uma vez por ano”, pontua o especialista.

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