Justiça
Irmã da vítima Izabella Monteiro e ex mulher de Eduardo dos Santos Pereira falou sobre a prisão do mentor do crime
Isânia Frazão, irmã da vítima Izabella Monteiro e ex mulher de Eduardo dos Santos Pereira falou no programa CBN Campina falou sobre a prisão do mentor do crime que chocou o Brasil. Durante a entrevista, Isânia destacou uma sensação de alivio com a prisão do acusado e lamentou que os outros acusados hoje estão em liberdade.
“o sentimento que fica é que a justiça foi feita” disse.
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Relembre o caso:
Com a intenção de “presentear” o amigo que fazia aniversário, dez homens estupraram cinco mulheres e mataram duas delas na madrugada de 12 de fevereiro de 2012. Eduardo e o irmão Luciano organizaram a festa, convidaram as vítimas para o evento e se dirigiram a um mercado para comprar cordas e lacres do tipo ‘enforca-gato’, com o objetivo de amarrar as vítimas e forçar relações sexuais.
O caso aconteceu por volta da meia-noite, quando os homens entraram no local pelo portão da frente e trancaram os donos da casa no banheiro, os homens em um quarto e as mulheres em outro. Os reféns foram amarrados e algumas mulheres foram abusadas sexualmente pelos suspeitos.
O crime mudou quando um dos agressores foi identificado por Izabella Pajuçara Frazão Monteiro, vítima da situação. “Elas foram assassinadas porque, durante o ato sexual, Izabella se debateu muito e conseguiu identificar o ex-cunhado dela como um dos estupradores. Ela pediu por socorro, disse que estava vendo que o agressor era o amigo dela e acabou ‘selando’ sua morte”, disse Cassandra Duarte, na época, delegada de homicídios.
Michele foi assassinada em frente à igreja do Centro de Queimadas, atingida por quatro tiros, sendo dois na cabeça. Izabella foi encontrada com uma meia dentro da boca na estrada que liga Queimadas a Fagundes, dentro do carro usado na fuga dos criminosos. Ela foi atingida por três disparos.
Ainda no domingo, Eduardo e Luciano são presos suspeitos do crime, enquanto acompanhavam o cortejo dos caixões das vítimas para o cemitério.
O caso ganhou repercussão nacional e diversos movimentos liderados por mulheres pressionaram para que os acusados fossem devidamente punidos. Em 2014, ocorreu o julgamento de seis envolvidos no crime. O julgamento aconteceu em João Pessoa para evitar que a justiça pudesse ser manipulada pela influência das famílias dos acusados. Seis homens foram condenados: Luciano dos Santos Pereira, Fernando de França Silva Júnior, Jacó Sousa, Luan Barbosa Cassimiro, José Jardel Sousa Araújo e Diego Rêgo Domingues. Eles receberam penas que variavam entre 26 e 44 anos de prisão.
Em setembro de 2014, o mentor dos crimes, Eduardo Santos, foi condenado a 108 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores, porte ilegal de armas e cinco estupros.
Em novembro de 2020, Eduardo dos Santos Pereira fugiu da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes de João Pessoa no dia 17 de novembro de 2020. O preso fugiu pela porta lateral que dá acesso ao almoxarifado.
Após quase 4 anos, o acusado foi preso pela Polícia civil da paraíba na manhã desta terça-feira (19), no Rio de Janeiro, os detalhes ainda não foram divulgados. A informação foi confirmada pelo DRACO e a operação contou com o apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro.